2011 PENSAMENTOS E SENTIMENTOS MISTURADOS

Posted: terça-feira, 28 de dezembro de 2010 by Mau Júnior in Marcadores: , ,
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2010 está em seus últimos momentos, já (sobre)vivendo com o auxílio de aparelhos. Nada mais justo do que fazermos (no meu caso, pelo menos) tudo o que se faz em toda virada de ano: refletir sobre como foi o ano, em âmbitos pessoal e profissional, como você o aproveitou (e o que poderia ter feito também), além de estabelecer metas para o ano que está prestes a sair da sala de parto (sei que isso não é lá muito animador, mas é um fato: ao menos 1/3 dessas metas não será alcançada, pois outras prioridades serão postas diante de ti pelo Sr. Destino, cria do Sr. Roteirista).

Outro fato: toda virada de ano é a mesma coisa: sempre se passa com trajes majoritariamente brancos (você sabe o porquê? Nem eu (risos)), superstições serão tiradas do guarda-roupa e colocadas à mesa, pseudo-artistas artistas vão se apresentar na Avenida Paulista... Enfim, it's all the same old shit. Prova disso é que reciclarei, por falta de criatividade, o post de ano novo que escrevi em 31 de dezembro de 2009 (isso mesmo, há quase 365 dias), no "Vida Subliminar II" (in memorian). Leia-o e tire suas conclusões.


"Pois bem, meus caros, 2009 está moribundo nos seus últimos momentos. E o que aconteceu de mais irrelevante importante nele? O Brasil conseguiu pular a “marolinha” saiu (naquelas) da crise econômica provocada pela ganância dos porcos capitalistas de pescoço avermelhado pela bolha hipotecária estadunidense; a seleção “canarinho” não fez mais do que a obrigação classificou-se para a “Copa das vuvuzelas” (ai meus ouvidos!), MJ foi para Neverland foi desta para uma melhor (?); Arruda, Serra e Sarney continuaram rir de nossas caras impunes… Enfim, que 2010 venha logo!

Não obstante (por que todo pseudo-intelectual de merda usa expressões como esta?), a virada de ano, que era para ser um momento de reflexão e de ponderação, tornou-se “plastificada". Muita gente veste-se de branco por osmose sem saber o porquê de fazê-lo, aquelas “marchinhas” típicas dessa época (algo como “Adeus ano velho…”), mais velhas do que Dercy qualquer outra coisa, são entoadas em esmo; e, de quebra, o lado mais hipócrita do ser humano fica à flor da pele, ao desejar-se “o melhor” até para aquele desafeto declarado (além daquelas esperanças criadas à meia-noite e que desaparecem após a primeira taça de Cereser champagne). A melhor definição do “ano novo” foi feita por Carolina Maria de Jesus, em seu livro / diário / estudo sociológico / o cazzo “Quarto de despejo”, que decidi piratear reproduzir agora:
1 DE JANEIRO DE 1960 Levantei as [sic] 5 horas e fui carregar agua. [sic]
De quebra, a trilha sonora, segundo o escriba insano que vos fala (?), é “New year’s day”, do U2 (Bono cara-de-bolacha é mesmo um cara sábio… Só ele mesmo para escrever algo como “(…) nada muda no dia de ano novo”).





E, apesar de toda a vibe blasée clichê de toda e qualquer virada de ano, desejo a todos os leitores (?) desse disparate digital blog somente o que a vida pode proporcionar de melhor".


Enfim, ao(s) leitor(es) dessa quebrada, ao melhor estilo "senso comum", desejo a todos que 2011 seja excepcional, e que somente "coisas" boas aconteçam em seu desenrolar. Good vibrations, always! That's what I wish for you all, folks.

2 comentários:

  1. Sabe, uma das coisas que eu deixei em 2009/meio de 2010 era uma mania que tinha de me lamuriar pelo tempo perdido, pelo que não fiz, pelo que tive a oportunidade de fazer, mas não fiz. No final de 2009, eu fiquei realmente muito triste e chateada comigo, por não ter vivido aquele ano como eu prometi que viveria. E em 2010 não foi muito diferente, eu não vivi como deveria, não aproveitei a vida da melhor e mais intensa maneira que pude, e isso me deixa meio que com raiva de mim mesma. Só que eu mudei, hoje me cobro menos e tenho menos remorso do tempo perdido. Não faz sentido se lamentar pelo o tempo que perdemos. Temos que seguir em frente e fazer um acordo com a gente mesmo que dessa vez vamos fazer a coisa certa, vamos cumprir promessas e etc.

    Pois é, não sei porque isso de passarmos a virada do ano com roupas brancas. Talvez porque branco lembre algo como paz e esperança. Sabe-se lá...
    Lerei seu post de ano passado. E, por favor, não leia o meu (risos). Foi profundamente dramático. Se lesse, iria pensar que eu sou louca (mais ainda).

    “Quarto de despejo”... Humm, eis outro livro que eu quero ler. Acho que vou gostar dele.
    Ah, e preciso ouvir essa música do U2 (acho que não a conheço).

    Na verdade, aquela música que eu não lembro de quem é, mas lembro que toca em alguma novela, ou tocava, que diz "nada muda, se você não mudar...".
    É a pura verdade. Não podemos colocar a obrigação de mudança nas costas de 2011. Se quisermos ser melhores e mais felizes, temos que fazer o nosso melhor e procurarmos ser felizes em cada atividade do dia-a-dia, contemplando as coisas mais singelas da vida.

    Também desejo um excelente ano novo, amigo do Twitter e blogueiro. ;)
    Que você seja feliz, muito feliz. Em todos os aspectos da sua vida. Que seja um ano de muitas realizações pessoais e profissionais.

    Um abraço da @ericona, a que tuita freneticamente (risos imensos).

  1. Fala, Érica!

    Bueno, eu tento não me cobrar muito (se bem que é muito difícil, pois sou mais perfeccionista do que eu gostaria); no entanto, estou tentando adotar a tática do "whatever" (deixar rolar).

    Quanto ao uso de trajes brancos, suponho que seja o que você comentou (relacionado à paz, à tranquilidade); e "Quarto de despejo" é um baita livro, você irá gostar dele (assim como de "New year's day", do U2).

    Enfim, valeu mesmo por ter lido um fruto de uma mente inquieta e insana (risos), e por ter comentado.

    Beijo grande.