McCÂNCER SOCIAL

Posted: sexta-feira, 23 de julho de 2010 by Mau Júnior in Marcadores: ,
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"Dois hambúrgueres, alface, queijo, molho especial, cebola, pickles e (...)"... o resto vocês já sabem, e não me darei ao trabalho de continuar a cantar (sic) esta musiquinha tosca. O que eu direi (ou irei escrever?) vai deixá-los deprimidos, abatidos, quiçá poderá torná-los potenciais suicidas: todos gostamos do McDonald's, mesmo sabendo que seus lanches são tudo menos saudáveis. Fato.

Outra coisa que dói igual ao som das vuvuzelas, mas é outra verdade (praticamente) irrefutável: gostamos de copiar tudo o que vem da gringa - isso já é uma instituição nacional, diga-se. Os mexicanos também apreciam os costumes estadunidenses como quem toma água de uma fonte risonha e límpida, mas ao menos dá uma "nacionalizada" na história: os tacos, sandubas com cactus e com calangos, são a versão de sombreiro e de bigode (do cara quem prepara os lanches) do Big Mac.

No entanto, vamos a um "mini recapitula" da história do McDonald's, baseada em dados fictícios: viajemos ao longínquo ano de 1937. Os EUA começavam a se recuperar, por meio de remédios tarja preta de muita roubalheira, da Grande Depressão que nem Freud conseguiu explicar. John Smith McDonald, fazendeiro texano que não achou um poço de petróleo no seu quintal, teve uma ideia digna de velhaco altamente empreendedora: decidiu dar serventia às minhocas de sua propriedade (quase um aterro), customizou os legumes rejeitados pelos porcos e "maquiou" os pães com fibras (do reino fungi), e criou um monstro uma das criações mais famosas dos tempos modernos: o Big Mac.

A ideia de vender lanches à base de alimentos porcamente selecionados parecia, de cara, doentia; mas, contudo, todavia (tá bom, parei por aqui), deu certo... lembremos que, durante o "tsunami" econômico, ninguém tinha nada para comer... nem mesmo milho. Para completar, a associação às batatas fritas roubada de um navio de legionários franceses e de uma certa bebida feita à base de esgoto (com o nome fantasia de Coca-Cola) formou um combo praticamente imbatível... e aí começou o começo do império McDonald. O tiro de misericórdia foi a formulação do sistema de franquias, inspirado em projeto semelhante de uma igreja / emissora televisiva brasileira... daí, a queda de barreiras internacionais foi um pulo.

Após a expansão imperialista chegada do McCâncer à terra que tem palmeiras onde canta o sabiá, o brasileiro, povo sem auto-estima receptivo a novidades da gringa, abraçou intensamente a causa e a mandou para a barriga cheia de vermes e de bernes pança com essa iguaria nada nutritiva e saborosa (Norman Sporluck mostra o quão saudáveis os lanches do McCâncer são em Super Size me)... e vivemos felizes desde então, com o nosso pão e circo simplificado ou, se preferir, o McLanche Feliz.

Enfim, apesar dos pesares, mesmo com todas as críticas possíveis e imagináveis ao assunto-base deste post, ir ao McDonald's é um senso comum... O que nos resta é pedir um lanche e sermos felizes (fritas pequenas ou grandes?).

Enfim, isso é tudo, pessoal.

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