PÁTRIA QUE O PARIU

Posted: quarta-feira, 30 de junho de 2010 by Mau Júnior in Marcadores: , , ,
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Brasil. País localizado no hemisfério Sul, cortado pelo cinto do Faustão Equador e pelo Trópico de Capricórnio. Terra de Carmem Miranda, de Janco Tiano e Rico Salamar, do Bandido da Luz Vermelha, do Blanka e de Calabar. Também conhecida como terra onde "em se plantando, tudo dá" (o que os índios deram ao Caminha para ele ter escrito isso?), assim como é o país da maracutaia, do Jogo do Bicho, do Pagode mela-cueca e do Futebol... é, meus caros: daquele esporte arcaico inventado pelos ingleses que junta um bando de louco igual a mim para ver um bando de marmanjo correndo atrás de uma bola.

Fiquem calmos, pois o assunto abordado não será a história do "esporte bretão", tampouco o ar aristocrático dos times e dos atletas na primeira fase dele (GUESS WHAT?) e da manutenção desse clima em alguns times do Morumbi e afins... o foco será outro: o patriotismo durante a Copa do Mundo.

Copa do Mundo. Evento criado para legitimar a putaria promover o "futiba" em âmbito global, organizado pela FIFA (Federation International of Football Association, a Rede Globo dona da festa da menina morta), com a bênção de Jules Rimet (não sabe quem é? Ligue o botão do Google e seja feliz). O Brasil pode andar mal das pernas quanto à saúde, à educação, à habitação e também quanto à ética, mas na Copa, meu caro, somos imbatíveis: 5 títulos, 7 finais disputadas, uma taça derretida e esteve presente em todas as edições. Quer maior orgulho do que este?

Falando em orgulho, o brasileiro (quem é essa entidade?) fica todo pimpão: estende a bandeira na varanda de casa (não importa se é uma mansão num condomínio classe A afastado do mundo ou na colina), compra camiseta do camelô da seleção tupiniquim, mete o pau no técnico, faz curso intensivo para aprender a cantar o hino, manda o Galvão Bueno calar a boca... é uma coisa de louco. Mas, meus caros, aí vai uma perguntinha "para machucar os corações": isso acontece nos anos pré/pós Copa?

A resposta é clara, e está ao alcance de seus olhos: OLHEM AO REDOR. Ao contrário de uma certa nação beligerante e que acha que manda no mundo, é um mico retumbante colocar a bandeira nacional na fachada. É "coisa de caipira" andar com a camiseta da seleção no dia-a-dia. É proibido dizer "Eu te amo, meu Brasil" (Dom e Ravel que o digam... se bem que, no caso deles, o buraco era bem mais profundo) e, vamos lá, falar na língua-mater (naquelas) em eventos na gringa é out. O único cara que realmente abraçou a causa (na ficção, diga-se) foi Policarpo Quaresma... e Lima Barreto deu um jeito nele.

Pensando com os botões de nossas camisas rotas, amassadas e encharcadas de suor, será que não é isso o que separa o Brasil dos países pressupostamente desenvolvidos? Será que uma nação que aceita tudo o que vem na gringa por osmose pode pleitear um banquinho quebrado no Conselho de Segurança da ONU? Um país que age majoritariamente como uma colônia global (herança do neoliberalismo... lembremos dos tucanos, afinal) e que se apequena diante das "potências" (exceto no... vocês sabem o quê) merecem respeito em âmbito global? Tirem suas conclusões.

Voltando ao pão e circo que interessa, relembremos do jogador mais importante para o Brasil em 1994 (depois do Romário, é claro): Roberto Baggio. Se não fosse ele, talvez o Brasil não teria sido campeão e o Dunga não teria "declarado seu amor" aos jornalistas após erguer a taça.




Então, meus caros, é isso. Até logo (se vocês quiserem, é claro).

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